Polícia Federal e CGU fazem operação no INSS

No escândalo dos aposentados, o governo Lula conseguiu fazer da limonada um Soube em 2023 que parte da clientela do INSS amargou descontos ilegais durante toda a gestão Bolsonaro. Guiando-se pelo noticiário e por uma auditoria do TCU, a CGU entrou no lance. Comportamento de manual. Havia indícios de crime e foi aberta investigação para apurar o roubo.

Seria um exemplo clássico de administração competente de uma herança maldita. Desde então, porém, o governo da "união" e da "reconstrução" desuniu-se para construir sua própria lambança. Fez o pior da melhor maneira possível. Alertada, a Previdência fingiu-se de morta. Permitiu que uma tunga deflagrada sob Bolsonaro ganhasse escala industrial sob Lula.

O governo tornou-se sócio de um escândalo que arrancou do bolso de brasileiros idosos R$ 6,3 bilhões desde 2019. Esquadrinhado num inquérito da PF, o caso chegou às manchetes com mais de dois anos de atraso. Veio enfeitado pela apreensão de uma Ferrari, um Rolls Royce, obras de arte, objetos de luxo e muito dinheiro vivo. Coisa suficiente para revoltar a vasta clientela do INSS e seus familiares.

Numa evidência de que há males que vêm para pior, entre as entidades varejadas pela Polícia Federal há um sindicato que tem o irmão de Lula, Frei Chico, como vice-presidente. A lista inclui também uma confederação, a Contag, com DNA petista.

Com o atraso de praxe, Lula mandou demitir o chefe do INSS, que a Justiça já havia afastado cautelarmente. Mas manteve no cargo o ministro Carlos Lupi. O mesmo que, após assistir inerte ao envio de milhares de aposentados para o micro-ondas, disse que seu subordinado não deveria "ser queimado na fogueira".

Em busca de uma agenda positiva, Lula entregou finalmente à cúpula do Congresso, em solenidade no Planalto, a PEC da Segurança Pública.  É a principal prioridade do governo depois da proposta que isenta os brasileiros pobres do pagamento do Imposto de Renda. O país não prestou atenção. Os holofotes foram monopolizados pela operação que levou mais de 700 agentes da Polícia Federal às ruas. O assalto aos aposentados carboniza qualquer tipo de agenda positiva.


fonte: Uol